terça-feira, 11 de janeiro de 2011

As Grandes Escolhas do Benfica (III)

Benfica ou Benfica SAD?

Ainda há poucas semanas, li que o Presidente confessava que não via argumentos ponderosos a favor da “fórmula SAD” em detrimento da “fórmula Clube”: lamento mas … discordo!

Não está em causa e nisso tem LFV razão, algum excesso de burocracia inerente à articulação de um Grupo em torno do Glorioso, de uma SGPS e da Nossa SAD, burocracia essa que também acarreta alguns custos.

Nem está em causa que, por termos uma SAD cotada na BVL, estamos sujeitos a uma série de “Regras do Mercado de Capitais” que podem ser, ocasional e pontualmente, digamos, “desconfortáveis” (basta recordarmos o exemplo da aquisição do passe do Ramires, há cerca de ano e meio), já que eu imagino que nunca mais cometeremos o erro crasso de eleger Corpos Sociais que, como foram os casos de MD e JVA, fugiram a esses deveres de transparência.
Na minha humilde opinião, a esmagadora maioria dessas “Regras” são do mais elementar bom senso e a sua aplicação sistemática deveria ser tomada pelos Corpos Sociais (e é, desde há uma década) como um dever de “Prestação de Contas” de uma Instituição que se exige a si própria a mais absoluta transparência de métodos e rigor e lisura na acção.
Portanto, também não é por este motivo que eu entendo que vale a pena “pagarmos os custos de ter uma SAD”.

Entretanto, acontece que muitas dessas “Regras” exigem que, além dos Valores Morais e Éticos (Good Governance), quem as observa tem de ter uma estrutura muito profissional e competente e isso, Companheiros, é algo que, com demagogias baratas, seria fácil de “esquecer”, colocando em risco a gestão de um património que se aproxima a passos largos do milhar de milhões de euros.
Explicando-me melhor, eu vou dar o exemplo do Nosso Chief Finantial Officer (CFO), o Dr. Domingos Soares de Oliveira e para escrever que eu gosto muito de sentir que o Glorioso tem um profissional que tem um salário mensal de cerca de 20K (e que recebeu um prémio anual de 90K): se não fossemos uma SAD cotada, poderíamos ter, sem mesmo o sabermos, um qualquer “Manuel Desenrascado” com um custo anual de 60K e … todos os riscos que resultariam dessa “poupança”!

Mas há, ainda, uma razão maior que sustenta a minha preferência por termos uma SAD cotada e que passa pela sujeição a uma “avaliação” constante dos Nossos Relatórios de Gestão (para mais, ahahah, por tratar-se de um “serviço ex gratias”), feita pelos observadores mais competentes.
Não pensem que este meu interesse tem alguma coisa a haver com o facto de eu também ser um ínfimo accionista, nem, muito menos, por ser uma forma de verificar a grosseira mentira de todos os que pretendem levantar “espantalhos” sobre a viabilidade e a força do Grupo: nada disso!
Sinceramente, creio que o “parecer” que nos é dado, através da evolução das cotações, pelos investidores institucionais, que nada têm de Benfiquistas e actuam segundo critérios objectivos, constantemente e excepto eventuais períodos atípicos, tem uma componente de extrema importância e utilidade para Nós, Benfiquistas.

Eu ainda poderia alinhar mais uma boa dúzia de argumentos, estes de carácter técnico, a favor da opção SAD, mas não quero sujeitar-vos a aspectos menores (ou a mais um texto da “família daquele texto sobre amortizações”, ahahah). Para mim, estes argumentos já são mais do que bastantes para estar muito satisfeito com a escolha que foi feita há já mais de uma década (porque já vem da Direcção de JVA).

Quem tiver dúvidas e/ou opinião diferente, que faça o favor de usar a caixa de comentários.

Viva o Benfica!

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