sexta-feira, 17 de outubro de 2008


Olhei a montanha sob gotas de água
Miúda, transparente, abençoada
E aquela ave, de asas de aba larga
Parecia olhar para mim, sorrindo
Se dissesse que não reparei na águia,
Estaria mentindo
Que voava, soltando o seu pio estridente
Qual trovão em tarde molhada
Ela é tudo, eu não sou nada
Não passo de gente de voz embargada
Mas que ama a águia, ave santificada
E a água caía e eu vi-a, ensopada
Mas os meus olhos que a viam passar
Sorriam por só ter “amor” para lhe dar
E de chuva não sentiam nada
Porque a águia ao para mim olhar
Fez-se arrepiar, de água, mente encharcada
Mas feliz, por em tarde de trovoada
E sem ninguém contar
Eu tive a bênção ditosa
De ver uma águia, orgulhosa
“Sorrir” ao por mim passar
Não que eu a soubesse merecer
Mas decerto que ELA soube ler
O AMOR no meu OLHAR.


E não houve água que bastasse
Que o meu olhar desviasse
Do prazer de a ver VOAR

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